Cinco passos básicos de planejamento que todo pastor deve seguir
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Você se lembra da história dos três porquinhos? Nela temos um exemplo clássico de planejamento. Você deve se lembrar que aqueles porquinhos precisavam construir suas casas. Pois bem, o primeiro resolveu construir uma casa de palha, pois assim seu trabalho seria mais rápido. Ele se achava esperto, não planejou nada e fez o seu lar às pressas. Consequentemente, a sua construção foi a primeira a ser derrubada pelo lobo. O segundo porquinho resolveu construir sua casa de madeira, achando ser um pouco mais esperto, porém não considerou todos os pontos fracos de sua construção. A casa de madeira foi a segunda a ser destruída pelo lobo. O fato é que tudo que é mal planejado, mesmo que tenha um bom começo, geralmente dá errado no fim. O terceiro porquinho, após analisar todas as possibilidades, construiu uma casa de alvenaria e o lobo não conseguiu derrubá-la.
Se você analisou bem a história, percebeu que o último porquinho foi o único que fez um planejamento detalhado. Logo, a casa dele suportou todos os ataques do lobo. Portanto, planejar levará você mais longe e te deixará mais seguro na busca de seus objetivos.
A verdade é que diante de você estão milhares de oportunidades! A grande questão é como você poderá transformar essas oportunidades em realizações e assim trabalhar bem para o Reino e para glória de Deus? Simples: pedindo orientação do Senhor em oração e fazendo um bom planejamento.
O princípio básico nesse caso é bem compreensível: você precisa saber onde está e aonde quer chegar. Tendo isso em mente, você trilhará uma série de etapas que o levarão até o seu objetivo final.
Quem planeja tem mais chances de sucesso, pois pavimenta uma estrada para caminhar com segurança e tranquilidade. O Senhor Jesus deixa o princípio do planejamento claro no registro do Evangelho segundo Lucas, 14.25-33, quando diz: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem meios para a concluir?”. Além do mais, Jesus demonstrou organização e foco em seu ministério. Se o nosso Mestre tinha princípios de planejamento, por que agir diferente dele? Em Provérbios 16.1 lemos: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor”. Por isto planeje, mas submeta todos seus projetos à vontade do Senhor.
Em vista do exposto, quero considerar alguns passos úteis para um bom planejamento. Vale lembrar que esses são apenas passos básicos. Outros mais elaborados e específicos poderão ser abordados posteriormente.
1. Eleja prioridades
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Você não conseguirá “abraçar o mundo com as mãos”. Alguns pensam tão amplamente que perdem oportunidades próximas e factíveis. Planos elevados demais, metas grandiosas podem te levar ao desânimo e à falta de foco, consequentemente seu planejamento será comprometido (cf. Salmo 131).
2. Procure ajuda
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Nenhum ser humano é completo. Graças a Deus por isso! Precisamos de nosso Senhor e de outros irmãos na nossa caminhada cristã. Portanto, analise as suas competências e não tenha receio de procurar pessoas que possam ajudá-lo. Humildade é um excelente requisito para o planejamento no Reino de Deus. Caso queira se aprofundar mais, existem bons livros no mercado sobre o assunto, por exemplo: O Novo Gerente Minuto – Kenneth Blanchard e Spencer Johnson; Administração Estratégica – Fernando Serra, Maria Torres, Manuel Ferreira e Alex Torres; A Quinta Disciplina – Peter M. Senge.
3. Tenha Clareza
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O seu planejamento deve ser o mais transparente e acessível possível, pois as pessoas, ao se depararem com metas claras, serão atraídas. Assim, haverá mais sinergia na execução e uma maior possibilidade de êxito.
4. Utilize-se de boas ferramentas
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Existem algumas ferramentas clássicas da Administração que poderão te ajudar a montar um excelente planejamento. Veja:
- Análise SWOT: Strenghts (Forças); Weaknesses (Fraquezas); Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Essa ferramenta serve para analisar o que temos de melhor (Forças), quais nossos problemas e maiores dificuldades (Fraquezas), ajuda também a percebermos quais as melhores condições para execução do nosso planejamento (Oportunidades) e nos ajuda a prever possíveis problemas que, porventura, possam surgir (Ameaças);
- Ciclo PDCA: É uma ferramenta de gestão que tem como objetivo promover a melhoria contínua dos processos por meio de um circuito de quatro etapas: planejar (plan), fazer (do), checar (check) e agir (act). Com essa ferramenta, você tem condições de analisar e acompanhar o seu planejamento, detectando problemas e fazendo a correção dos erros durante o próprio processo de execução do projeto.
- O 5W2H: É uma ferramenta administrativa utilizada para a elaboração de planos de ação e também, como as que já foram apresentadas, de fácil manuseio. O seu nome é derivado de sete perguntas em inglês, sendo que cinco delas começam com a letra W e as demais com a letra H, por isso a sigla 5W2H. As perguntas são: What? O que será feito (ações, etapas, descrição). Why? Por que será feito (justificativa, motivo). Where? – Onde será feito (local). When? – Quando será feito (prazo, datas, tempo). Who? – Por quem será feito (responsabilidade pela ação). How? – Como será feito (método, processo). How much? Quanto custará fazer (gastos ou custos envolvidos).
Veja alguns livros que tratam dessas Ferramentas Administrativas.
5. Faça um Orçamento
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Muitos projetos que foram cuidadosamente elaborados desmoronam por falta de um bom orçamento financeiro. É assim na vida pessoal, empresarial e também na igreja. Precisamos ser mais cuidadosos para lidar com os recursos que Deus colocou à nossa disposição e otimizarmos ao máximo o seu uso e possíveis aplicações. Quando lidamos com recursos financeiros, todo cuidado é pouco, tanto na vida pessoal quanto na eclesiástica. Para facilitar esse processo, trabalhe com uma planilha orçamentária. Ela é uma ferramenta imprescindível nesse caso.
Finalmente, esse é um assunto demasiadamente extenso e nessa publicação seria impossível abordar todas as vertentes possíveis para um bom planejamento nos diversos âmbitos. Nosso desejo foi apenas chamar a sua atenção para essa importante área de sua vida pessoal e eclesiástica. Além de Jesus, nosso maior exemplo em todas as áreas, podemos aprender muito com Neemias e a forma como ele planejou a execução da obra de reedificação de Jerusalém. No mais, não se acomode irmão. Deus entregou em sua mão a possibilidade de realizar uma grande obra em Seu Reino. Lembre-se das palavras inspiradas do profeta Jeremias: “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente…” (Jr 48.10 a).
Texto livremente adaptado do artigo O Pastor e o Planejamento, de autoria do Rev. Fábio B. Coutinho, publicado originariamente no site da Igreja Presbiteriana do Brasil.
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Você já adotou alguma dessas ferramentas administrativas no planejamento de sua igreja? Pensa em adotar? Tem dificuldade em planejar as ações de sua igreja? Achou o artigo relevante? Conte-nos como foi sua experiência deixando um comentário abaixo.